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Maratona de Nova Iorque: Run With Castro corre contra a Esclerose 06/10/2014

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Apenas três meses depois da participação no Iron Man da Áustria, prova através da qual angariou 13 mil euros para levar 13 crianças com cancro à Eurodisney, numa iniciativa de apoio à Associação Acreditar, a Run with Castro já tem em marcha uma nova iniciativa de solidariedade social, desta feita enquadrada na participação na maratona de Nova Iorque, a 2 de Novembro.

PedroCastro-RunWithCastro.jpgAgora, Pedro Castro, maratonista e fundador da Run With Castro, promove o apoio à Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica (APELA), desafiando os atletas parceiros da Run with Castro, inscritos na Maratona de Nova Iorque, a fazerem um donativo mínimo de 10 euros para a APELA. Ao mesmo tempo, o ‘team’ Run with Castro desafiará outros potenciais interessados, particulares ou empresas, a fazerem donativos para a APELA.

Esta é, de certo modo, a nossa interpretação do Ice Bucket Challenge, uma iniciativa que nasceu nos Estados Unidos e se propagou por todo o Mundo, mas entretanto caiu no esquecimento. Queremos continuar a chamar a atenção para esta causa e agora que a maratona nos possibilita precisamente regressar aos Estados Unidos, faz todo o sentido actualizar este desafio de canalizar apoios para a APELA, a associação portuguesa que apoia as vítimas de Esclerose Lateral Amiotrófica. Quem quiser correr por esta causa e fazer o seu donativo, mesmo não estando connosco em Nova Iorque, pode fazê-lo através de donativo directo para a APELA*”, explica Pedro Castro.

Paralelamente, por ocasião da Maratona de Nova Iorque – onde Pedro Castro regressa finalmente, depois de em 2012 ter sido impedido de correr devido ao Furacão Sandy, iniciando aí o seu percurso de intervenção social através do desporto – a Run with Castro vai promover uma marcha contra a Esclerose Múltipla, em apoio à Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM), a qual terá lugar na prova que antecede a maratona nova-iorquina, a corrida de 5 kms designada ‘Dash to the Finish Line‘, onde a Run With Castro reunirá 17 participantes, que envergarão a emblemática camisola vermelha da SPEM.

Pedro Castro, maratonista de 40 anos que em 2012 lançou a Run With Castro, correndo sempre por uma causa, concluiu recentemente uma campanha de angariação de verbas para a Associação Acreditar somando um total de 13 mil euros e garantindo 13 viagens para crianças com cancro à Euro Disney, numa iniciativa que contou com o Alto Patrocínio de Maria Cavaco Silva e da Presidência da República.

Depois de ter abandonado uma vida sedentária, Pedro Castro lançou-se na corrida e tornou-se maratonista, acumulando no currículo participações em provas como a Maratona de Lisboa, de Londres, Atenas e Paris, correndo sempre por uma causa. Em 2012, lançou a Run With Castro após ver gorada a possibilidade de participar na Maratona de Nova Iorque, devido ao furacão Sandy. Em Nova Iorque, testemunhou o espírito de solidariedade existente, viu nascer a Run Anyway NYC Marathon 2012 e também ele doou o valor da sua inscrição para as vítimas do Sandy.

De seguida, regressou a Lisboa convicto de que correria sempre por uma causa social.

É uma prática comum lá fora e por que não fazer o mesmo em Portugal?”.

Na sua primeira iniciativa, por ocasião da Maratona de Lisboa, em 2012, Pedro Castro formalizou o grupo Run With Castro e promoveu o apoio à Fundação O Século, angariando 220 cabazes de Natal para as crianças daquela instituição. Depois disso, a Run With Castro concretizou outras iniciativas, apoiando o ATL da Galiza, Comunidade Vida e Paz eAssociação a Acreditar.

(*) – Embora nos tenha sido fornecido, o número da conta bancária associada aos donativos foi omitido. Por favor, obtenha-o directamente da APELA ou da Run With Castro.

Fonte: MultiDesportos

Fisioterapia e exercício físico leve trazem benefícios aos portadores 22/09/2014

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As principais causas da fadiga enfrentada pelo portador de esclerose múltipla são decorrentes dos excessos, sejam eles físicos, mentais, sociais ou ambientais. De acordo com a fisioterapeuta Marcela Batistuta, esse cansaço pode se manifestar de várias formas. “A forma aguda aparece durante os esforços e desaparece com o repouso. A crônica persiste mesmo após o repouso. A forma localizada aparece pelo excesso do uso de determinado grupo muscular, mas desaparece com o repouso. E a última é a sistêmica, a forma mais frequente na esclerose múltipla, em que a pessoa apresenta cansaço geral, perda de força e de resistência física e, também, desânimo”, explica.

No entanto, segundo a especialista, existem ainda outros tipos de fadiga que podem afetar o portador da doença. “É o caso da fadiga muscular em braços ou pernas após exercícios repetitivos, como andar longas distâncias, fazendo com que a perna falhe e haja sensação de fraqueza. Isso é causado por um bloqueio do impulso nervoso, por isso o ideal é parar de andar ou realizar o ato repetitivo para que a condução nervosa reinicie. Há ainda a fadiga por falta de condicionamento físico, que ocorre quando os músculos são pouco utilizados. É um ciclo vicioso, pois quem experimenta uma fadiga intensa acaba evitando atividades físicas e cai no sedentarismo”, afirma Marcela Batistuta.

A fisioterapeuta destaca, ainda, que existe a fadiga relacionada à incapacidade ou invalidez, em que o impacto da esclerose múltipla no controle muscular, na coordenação e na força leva a um aumento nos esforços e no gasto de energia para realizar tarefas rotineiras. “Há também a fadiga relacionada à depressão, a induzida por medicação e a causada por distúrbios do sono. Assim como provoca a ruptura da vida diária, a fadiga causa ansiedade quando os sintomas da doença reaparecem. Isso ocorre particularmente após um esforço e especialmente quando a atividade ou o ambiente provocam um aumento da temperatura corpórea”, frisa.

Por isso, a especialista destaca que a fisioterapia regular pode ajudar o portador a encontrar seus próprios limites, evitando que se entregue ao sedentarismo e à depressão. Além disso, ela oferece algumas dicas práticas para melhorar o sintoma. “Evite banhos quentes, temperaturas muito quentes, exercícios excessivos, refeições pesadas, fumar. Planeje sua vida de modo a estabelecer uma escala das necessidades no trabalho, noitadas e ocasiões sociais sejam repartidas. Siga uma dieta sensata e reduza o peso, se for o caso, com a ajuda de um especialista. Fracione as atividades de vida diária e respeite o período de repouso entre as atividades. Faça atividades leves, conscientes e orientadas por um profissional, e procure se manter sereno, controlando a depressão e o estresse”, completa Marcela.

Fonte: JM Online

Alto consumo de sal pode agravar sintomas da esclerose múltipla, diz estudo 31/08/2014

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Pacientes que consumiam maior quantidade de sal tiveram mais surtos da doença do que aqueles que ingeriam menores quantidades

Alto consumo de sal pode agravar sintomas da esclerose múltipla, diz estudo

Um novo estudo constatou que uma dieta rica em sal pode agravar os sintomas da esclerose múltipla. A descoberta foi publicada nesta quinta-feira no periódico Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry.

A esclerose múltipla é uma doença autoimune, de causa desconhecida e incurável. Ela danifica ou destrói a mielina, uma substância que envolve e protege as fibras nervosas do cérebro, da medula espinal e do nervo óptico. Essas lesões desencadeiam sintomas sensitivos, motores e psicológicos.

Pesquisas anteriores apontaram que o sal pode alterar a resposta autoimune, mas não concluíram se seu consumo afeta o desenvolvimento da esclerose múltipla. No presente estudo, os pesquisadores analisaram amostras de sangue e de urina de 70 pessoas com esclerose múltipla.

Em três ocasiões ao longo de nove meses, os autores mediram os níveis de sal, creatinina e vitamina D dos pacientes. A saúde neurológica dos participantes foi monitorada ao longo de dois anos. Para comparação, o teor de sal na urina também foi mensurado em um segundo grupo com 52 pessoas também com a doença.

Nos dois grupos, o consumo médio de sódio foi de 4 gramas por dia, mas variou de menos de 2 gramas (baixo), 2 a 4,8 gramas (médio) e acima de 4,8 gramas (alto).

Conclusão — Depois de excluir fatores como tabagismo, idade, gênero, tempo de diagnóstico da doença, peso, tratamento e taxa de vitamina D nos pacientes, os pesquisadores observaram uma relação entre consumo de sal e piora nos sintomas da esclerose múltipla. As pessoas com consumo moderado a alto tinham três surtos a mais do que aquelas com consumo baixo.

Ao comparar a evolução da doença por meio de exames de imagem, os pesquisadores constataram novamente a relação entre o sal e as lesões. Os participantes que consumiam maior quantidade tinham quase 3,5 vezes mais probabilidade de apresentar sinais de progressão da enfermidade. Resultados semelhantes foram obtidos no grupo de comparação.

“Como esse é um estudo de observação, não podemos tirar conclusões definitivas de causa e efeito. Os altos níveis de sal na urina podem ser consequência da maior atividade da doença, não o contrário”, dizem os autores. “Mais estudos são necessários para confirmar se o baixo consumo de sal pode reduzir os sintomas da esclerose múltipla e sua progressão.”

Fonte: CenárioMT.com.br

Perfis dos pacientes podem indicar melhor tratamento 26/08/2014

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Especialista canadense aponta evolução nas terapias e aposta na segmentação conforme as características dos doentes e a escala da esclerose múltipla para definir a melhor abordagem

Dia 30 de agosto é celebrado o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla. A doença atinge mais de 30 mil brasileiros e está em discussão após a divulgação de novas drogas, que, apesar de chegarem aos poucos, estão fazendo a diferença no tratamento e na recuperação dos pacientes. A esclerose múltipla atinge na maioria mulheres adultas jovens, causa incapacidade e pode levar à morte.

Em palestra em Campinas (SP), durante congresso sobre o tema, o médico cientista do Instituto Neurológico de Montreal e diretor científico da Unidade de Pesquisa Clínica da MNI, onde dirige um programa experimental de terapias, prof. dr. Amit Bar-Or, afirmou que os pacientes desenvolvem a patologia de formas diversas, assim como desejam tratamentos distintos. “Alguns querem um tratamento mais leve, escalado. Outras pessoas me dizem  ‘receite-me o mais forte que puder agora mesmo’”, conta dr. Bar-Or. “A ideia de delinear um tratamento ‘one to one’ é fazer o melhor possível para diagnosticar e prescrever o que é o mais adequado para o paciente de acordo com a atividade da doença, o histórico médico da pessoa e as terapias existentes atualmente.”

Bar-Or acredita que é necessário reconhecer que diferentes tratamentos  podem ser eficazes para os diversos momentos dos pacientes, tanto para os casos mais simples quanto para os mais complicados. Segundo o pesquisador, há várias categorias de medicamentos, e é possível integrá-las após um conhecimento vertical do paciente e o acompanhamento de sua evolução, melhorias e surtos, para poder avaliar e seguir para a próxima terapia. “Nós fizemos um bom e importante progresso para entender os surtos e suas frequências, as opções de produtos e a tolerabilidade de cada um”, explica.

O especialista destaca as opções disponíveis no mercado mundial e agora acessíveis aos pacientes brasileiros. É o caso da Teriflunomida, medicação via oral com dose única diária que facilita a adesão ao tratamento, indicada para os casos leves a moderados da doença. Já o Alemtuzumabe é a mais nova promessa do tratamento da esclerose múltipla. A administração é intravenosa, mas feita em dois ciclos de cinco dias, no primeiro ano, e mais três dias no ano seguinte. Após esse segundo ciclo de tratamento anual, sob a orientação médica, cerca de 80% dos pacientes não precisam repetir mais a medicação, tendo a possibilidade de ter uma vida mais próxima da normalidade. “É bom saber que grandes empresas estão investindo no desenvolvimento de novas terapias. Agora já temos como retardar a progressão da doença e, em alguns casos, até fazer com que o paciente retome as atividades cotidianas.  Num futuro distante podemos pensar em identificar o grande causador da esclerose múltipla, o que seria um grande passo.”

Amit Bar-Or é neurologista e neuroimunologista. Seu interesse original pelo funcionamento da mente o levou a escolher a neurologia. Durante sua residência médica, gostou da imunologia e decidiu ser neurocientista.  Daí para a esclerose múltipla foi um passo. “A esclerose múltipla não permite ao paciente ter uma rotina. Você não sabe, um dia pode ser diferente do outro. Você tem um plano, e o muda muitas vezes. A incerteza faz  a doença se tornar um desafio. Gosto de pensar que estou ajudando as pessoas a seguir em frente com sua vida.”

Terapias alternativas e outras doenças

Atualmente muito se fala sobre a vitamina D, que poderia ser uma das terapias indicadas para o tratamento da esclerose múltipla. Dr. Amir Bar-Or não recomenda tomar vitamina D no lugar dos medicamentos existentes. “Não há estudos que provem sua eficácia, mas também não faz mal”, explica. Para o cientista, a falta dessa substância é um dos componentes que influenciam no desenvolvimento da doença, assim como o tabagismo e fatores genéticos. Mas o sol tomado no dia a dia já seria suficiente para suprir a necessidade do corpo humano.

Outra confusão, que merece ser explicada, é a diferença entre esclerose múltipla e esclerose lateral amiotrófica, mais conhecida como ELA. Apesar do termo “esclerose”, que significa cicatriz, as duas doenças são bem diferentes.

A ELA tem como principal sintoma a fraqueza muscular, juntamente com o endurecimento dos músculos, que ocorre em um dos lados do corpo inicialmente. Mas existem outros sintomas, como tremor muscular, perda de sensibilidade, cãibras e espasmos. A doença faz com que surjam lesões cicatriciais que envolvem a porção lateral da medula espinhal, o que leva à atrofia muscular. De difícil diagnóstico, a ELA requer um tratamento sob a supervisão de um médico e também o acompanhamento de fisioterapeutas e nutricionistas. No Brasil, cerca de 12 mil pessoas sofrem com a doença. Estima-se que, a cada 100 mil habitantes, um a três novos casos apareçam. Sua frequência é maior na população com idade entre 65 e 74 anos, e a incidência é maior em homens. A ELA ficou bastante conhecida atualmente pelo “desafio do gelo”, no qual uma celebridade toma um banho gelado e desafia outra a fazer o mesmo ou doar um valor para a pesquisa da causa.

Já a esclerose múltipla é uma doença debilitante, muito mais comum que a ELA, que compromete o Sistema Nervoso Central e atinge cerca de 30 mil brasileiros. No mundo, já são cerca de 2,5 milhões (2013). É uma das doenças que mais causam a incapacidade de jovens adultos, com idade de 20 a 40 anos, atingindo principalmente mulheres. Entre os sintomas, dados de vários estudos internacionais estimam que cerca de 85% das pessoas com a doença se queixam de fadiga constante, independentemente de seu grau de incapacidade, o que interfere com sua qualidade de vida e produtividade. A esclerose múltipla é uma inflamação crônica de origem autoimune que pode causar desde problemas momentâneos de visão, falta de equilíbrio até sintomas mais graves, como cegueira e paralisia completa dos membros, e pode levar à morte.

Fonte: Segs

Médicos questionam tratamento de esclerose múltipla à base de vitamina D 28/06/2014

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Professores, pesquisadores e representantes da Academia Brasileira de Neurologia afirmam que tratamento praticado por neurologistas como Cícero Galli Coimbra não tem evidência científica e pode colocar a saúde do paciente em risco

Marcella Centofanti, Rita Loiola e Vivian Carrer Elias
Cícero Galli Coimbra

Cícero Galli Coimbra: médico usa vitamina D para tratar pacientes com esclerose múltipla (Reprodução)

A esclerose múltipla é uma doença neurológica que desafia a medicina. Cerca 2,3 milhões de pessoas no mundo, dentre elas 35 000 brasileiros, sofrem dessa enfermidade, que é incurável e gera efeitos devastadores. De causa desconhecida, a doença se manifesta de uma hora para outra, quando o sistema imunológico ataca a mielina, substância que protege as fibras nervosas do cérebro, da medula espinal e do nervo óptico. A cada surto, as lesões formam áreas de cicatrização, ou escleroses, que causam danos irreversíveis e podem deixar sequelas como cegueira, paralisia, lapso de memória e dificuldades na fala e na deglutição. Os medicamentos usados para conter a moléstia não são 100% eficazes e podem proporcionar fortes efeitos adversos ao paciente.

Diante desse cenário, é comum — e compreensível — que portadores de esclerose múltipla entrem em uma busca constante por novos tratamentos e soluções milagrosas de cura. Dentre as novidades na seara científica estão os medicamentos orais, como o fingolimode e a teriflunomida — até pouco tempo, as únicas opções eram remédios injetáveis. No campo da especulação, a vitamina D é a bola da vez.

O mais notório defensor dessa teoria, no Brasil, é o neurologista Cícero Galli Coimbra, professor livre-docente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Coimbra afirma que a deficiência de vitamina D é a causa da esclerose múltipla, ao lado do stress emocional. Dessa forma, a doença poderia ser combatida com a reposição do nutriente, sem a necessidade de remédios.

Depois de pagar mil reais pela consulta (preço informado pela recepcionista da clínica), seus pacientes saem do consultório com três recomendações: ingerir doses cavalares de vitamina D, seguir uma dieta livre de alimentos ricos em cálcio e beber 2 litros de água por dia. “A atividade da doença desaparece em 95% dos casos, desde que não esteja num estágio muito avançado. Nos outros 5% o tratamento tem um efeito parcial, mas ainda assim significativo”, garantiu o médico, em entrevista ao site de VEJA.

Falta de provas — Fácil de seguir, barato, livre dos efeitos adversos das drogas convencionais e com 95% de promessa de cura. O problema é que o tratamento sugerido por Coimbra não tem comprovação científica.

Há décadas a medicina reconhece que bons níveis de vitamina D no organismo ajudam a proteger os ossos. Nos últimos anos, estudos têm investigado outro benefício do nutriente: a capacidade de blindar o sistema imunológico. No caso da esclerose múltipla, a teoria ganhou força porque estimativas indicam que a condição é mais prevalente entre pessoas que moram em locais afastados da linha do Equador – e, portanto, menos expostas ao sol.

Em um primeiro momento, pesquisas sugeriram que a deficiência de vitamina D poderia enfraquecer as células de defesa do organismo e abrir as portas para uma série de doenças, da dor de garganta ao câncer. Revisões mais recentes, porém, apontam no caminho contrário: um sistema imune combalido é que teria dificuldade de produzir o nutriente (a vitamina D é fabricada pelo organismo, com o estímulo de banhos de sol).

Em dezembro do ano passado, o prestigioso periódico The Lancet publicou a mais completa revisão de estudos sobre os efeitos da vitamina D no organismo. O objetivo era reunir evidências científicas de que o nutriente poderia prevenir doenças cardiovasculares, diabetes, câncer ou esclerose múltipla.

Depois de analisar 462 artigos, os pesquisadores concluíram que a falta de vitamina D não é causa de um sistema imunológico fraco e, sim, sua consequência. Baixas doses do nutriente são resultado dos processos inflamatórios que acompanham muitas doenças, como a esclerose múltipla. Dessa forma, a vitamina D não interfere na prevenção ou tratamento de enfermidades crônicas.

“Não há evidências de que altas doses de vitamina D melhoram os sintomas da esclerose múltipla”, diz Philippe Autier, coordenador do estudo e professor do Instituto Internacional de Pesquisa em Prevenção de Lyon, na França. “Usar altas doses do nutriente para tratar uma doença como a esclerose múltipla é perda de dinheiro. Além do mais, prescrever um medicamento sem ter a eficiência comprovada por estudos randomizados é uma péssima prática médica.”

Consenso brasileiro — A conclusão foi a mesma em uma revisão de estudos publicada em fevereiro desde ano pela Academia Brasileira de Neurologia (ABN) para elaborar um consenso médico sobre o uso terapêutico da vitamina D em pacientes com esclerose múltipla.

De acordo com a neurologista Doralina Guimarães Brum, coordenadora do Departamento Científico de Neuroimunologia da ABN e professora da Universidade Estadual Paulista (Unesp), os estudos que relacionam a vitamina D à esclerose múltipla, além de poucos, foram feitos com grupos pequenos de pessoas ou com modelos animais. Não existe nenhum trabalho amplo e de longo prazo com humanos para especificar qual seriam os efeitos diretos da vitamina D e as doses recomendadas.

“Adoraríamos ter um estudo com um grande número de pacientes de esclerose múltipla mostrando os efeitos da vitamina D no tratamento. No entanto, isso não existe e não é possível basear condutas médicas em especulações”, diz Doralina.

O estudo da ABN estabeleceu que o uso de vitamina D como terapia única no combate à esclerose múltipla deve ser considerado experimental. Ou seja, se um médico quiser substituir o tratamento reconhecido pela entidade por um exclusivo à base de vitamina D, precisa fazer isso dentro de um estudo clínico, aprovado por um comitê de ética, com consentimento do paciente e de graça.

O documento estabelece também que doses consideradas seguras para a suplementação são de no máximo 10.000 unidades internacionais (UI) ao dia, até o nutriente alcançar, no sangue, uma taxa entre 40 ng/ml e 100 ng/ml, consideradas saudáveis. Doses superiores podem causar problemas graves, como insuficiência renal aguda e crônica.

E existe um agravante. “Parar de tomar o suplemento não significa que o nível de vitamina D no sangue voltará ao normal rapidamente. Há relatos de pessoas que demoraram um ano para voltar às taxas normais”, alerta Dagoberto Callegaro, coordenador de neuroimunologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Prática suspeita — Médicos como Cícero Galli Coimbra contrariam o consenso. O neurologista da Unifesp receita doses superiores a 10.000 UI em substituição a remédios que comprovadamente ajudam a impedir novos surtos da doença. Ele nunca publicou uma pesquisa sobre esse tema e não tem nenhuma em andamento. Diz, inclusive, se recusar a fazer um estudo por ter certeza dos efeitos positivos da vitamina D à saúde e do malefício que o placebo poderia causar ao paciente, em uma análise comparativa.

O argumento é fraco, como explica o médico Tarso Adoni, coordenador científico do Departamento de Neuroepidemiologia da ABN: “Não é preciso usar placebo. Um estudo poderia comparar a vitamina D com os remédios tradicionais para a esclerose”, diz ele. Mas antes disso, salienta Adoni, há outra questão: seria ético submeter pacientes a uma pesquisa com vitamina D, quando as evidências apontam cada vez mais que o nutriente não traz benefício nenhum ao doente?

A conduta de Cícero Galli Coimbra é repreendida por Reinaldo Ayer, coordenador do Centro de Bioética do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e professor de bioética da Universidade de São Paulo. “Um tratamento que não tem comprovação científica só deve ser aplicado em um contexto de pesquisa”, diz. Segundo ele, o Cremesp deveria abrir uma sindicância para investigar casos como o de Cícero Galli Coimbra por possível infração ao Código de Ética Médica. Pelo regimento do órgão, a investigação correria em sigilo e poderia ser arquivada ou, em caso de condenação, resultar em desde uma advertência até a cassação do registro profissional, publicada em Diário Oficial.

Ameaça ao paciente — Além dos riscos inerentes ao uso de superdosagens de vitamina D, o tratamento exclusivo da esclerose múltipla com a substância pode trazer mais um prejuízo sério: a pessoa deixa de fazer uso dos medicamentos que comprovadamente ajudam a conter a doença, o que pode aumentar o risco de novos surtos. “Os remédios convencionais podem não ser 100% eficazes, mas têm respaldo científico”, diz Jefferson Becker, neurologista da Faculdade de Medicina da PUC do Rio Grande do Sul e do Comitê Brasileiro de Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla.

Atualmente, o tratamento da doença inclui o uso de medicamentos imunossupressores ou imunomoduladores, usados para prevenir novos surtos. Nem todos os pacientes com esclerose múltipla, porém, precisam tomá-los durante a vida toda: existem casos em que a condição é pouco agressiva e fases em que ela deixa de evoluir.

Esse é um dos motivos, segundo os médicos, que levam pacientes a acreditar no tratamento com vitamina D. “As doenças autoimunes são muito heterogêneas, entram em atividade ou param de agir de repente. Então o paciente pode atribuir à vitamina D uma característica que é da evolução natural da enfermidade”, afirma Tarso Adoni. Outra razão é o efeito placebo — a pessoa crê que está recebendo uma terapia eficaz e, por isso, sente uma melhora.

“Por que com todos os medicamentos seguimos rígidos protocolos e com a vitamina D há esse uso irresponsável?”, pergunta Doralina Guimarães Brum, da ABN. “Normas éticas e científicas foram criadas para que não se repita a história de atrocidades médicas que a humanidade já sofreu.”

Fonte: Revista Veja

Cícero Galli Coimbra, o médico que trata a esclerose múltipla sem remédio 25/06/2014

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Professor da Unifesp, o neurologista utiliza quase exclusivamente a vitamina D para conseguir o que muitos médicos consideram impossível: deixar seus pacientes livres dos efeitos das doenças autoimunitárias

Em abril de 2008, como fazia quase toda semana ao voltar para casa, Pablo Petrucelli, então com 28 anos, parou numa padaria no bairro da Aclimação, em São Paulo, para comer um pedaço de pizza. No momento em que pegou o vidro de azeite, sentiu a força do braço desaparecer. “Foi como se a mão caísse”, recorda. Com o passar dos dias, como a sensação permaneceu, procurou um ortopedista. Ouviu do médico que precisava submeter-se a uma cirurgia para “investigar o problema”. Pablo recusou a sugestão e foi procurar um neurologista.

Muitos exames depois, o diagnóstico: neuropatia motora multifocal, uma doença autoimunitária semelhante à esclerose múltipla. O tratamento, que incluía não fazer exercícios físicos e não tomar sol, era à base de corticoides, remédios caríssimos como a imunoglobulina humana e quimioterapia. Nada conseguiu conter a doença que, em dois anos, evoluiu para a mão esquerda e as pernas. “Eu não conseguia abrir a porta de casa com a chave, pegar um copo com firmeza ou mesmo me espreguiçar”, conta Pablo. “Além disso, sentia muitas câimbras”.

Há pouco mais de um ano, Pablo voltou a ter uma vida normal.

Com Daniel Cunha, foi um pouco diferente. Em outubro de 2009 ele acordou com metade do rosto dormente. No decorrer da semana, perdeu o equilíbrio e a força nas mãos, até que o lado direito da face ficou paralisado. Diagnosticado com esclerose múltipla, iniciou um tratamento com corticoides e interferon, um remédio com muitos efeitos colaterais. “Quando comecei a pesquisar sobre a doença e vi que teria que tomar aquilo para o resto da vida, caí em depressão”, diz.

Desde junho de 2010, Daniel não apresenta nenhum vestígio da doença.

Histórias semelhantes são contadas por Marcelo Palma, 32, Vera Folli, 57, Fernanda Campos, 39, e Luciana Campos, 44, entre muitos outros. Além da vitória sobre doenças consideradas incuráveis, eles têm em comum o médico: todos são pacientes do neurologista Cícero Galli Coimbra, que se dedica em tempo integral ao tratamento da esclerose múltipla.

Professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Coimbra começou a utilizar há pouco mais de 10 anos um método baseado quase exclusivamente na vitamina D para conseguir o que muitos médicos consideram impossível: deixar seus pacientes livres dos efeitos das doenças autoimunitárias. Alvo de críticos que o acusam de colocar em prática um tratamento experimental, rebate cada uma das acusações com a serenidade de quem vê empiricamente os resultados positivos. As centenas de e-mails que diariamente invadem sua caixa postal quase sempre terminam com a mesma palavra: obrigado. Segue-se abaixo a íntegra da entrevista com o neurologista:

Como o senhor usa a vitamina D no combate às doenças autoimunitárias? Primeiro, é preciso entender que a vitamina D é um hormônio. Ela recebeu esse nome por ter sido descoberta no início do século passado, quando foi detectada sua presença no óleo de fígado de bacalhau. Como já haviam identificado as vitamina A, algumas do complexo B e a C, os pesquisadores imaginaram estar diante da D. Levou algumas décadas para descobrirem que essa substância tinha a mesma estrutura básica dos hormônios esteroides. Como o termo já estava consagrado, acharam melhor mantê-lo.

No que consiste o tratamento? Existem pesquisas sobre os efeitos da vitamina D no sistema imunológico há mais de quatro décadas. Cerca de 10 anos atrás, começamos a usar doses de 10 mil unidades, que chamamos de fisiológicas, para a correção da vitamina D em pacientes com esclerose múltipla e verificamos uma melhora significativa. Naquela época, também tivemos acesso a estudos que indicavam que os portadores de doenças autoimunitárias apresentam graus variados de resistência a esse hormônio. De posse dessas informações, passamos a aumentar as doses acima de 10 mil unidades, sempre acompanhando os pacientes laboratorialmente para evitar o único efeito colateral importante da vitamina D, que é o perigo de calcificação renal pelo excesso de absorção de cálcio. Ao fazer isso percebemos que, quanto mais aumentávamos as doses, maiores eram os benefícios. Nos últimos cinco anos conseguimos desenvolver uma técnica capaz de identificar a dose de vitamina D necessária para deixar cada paciente livre da atividade da doença.

O que são as doenças autoimunitárias e como elas agem no organismo? São doenças nas quais o próprio sistema imunológico ataca o organismo. Existem dezenas delas. A artrite reumatoide, por exemplo, agride principalmente as pequenas articulações, vitiligo e psoríase agridem a pele. No caso da esclerose múltipla, o sistema nervoso central é afetado, provocando múltiplas lesões que podem deixar o paciente cego ou tetraplégico.

A doença desaparece totalmente? A atividade da doença desaparece em 95% dos casos, desde que não esteja num estágio muito avançado. Nos outros 5% o tratamento tem um efeito parcial, mas ainda assim significativo. Existem dois fatores principais que, embora ainda não saibamos por que, reduzem o sucesso: o tabagismo e a depressão, sintoma bastante comum em pacientes que já foram muito afetados pela doença. Quando o tratamento é iniciado rapidamente, entretanto, é possível reverter as sequelas.

Como a vitamina D age no combate às doenças autoimunitárias? A diferença entre a vitamina D e as drogas convencionais usadas no tratamento das doenças autoimunitárias é que ela é um imunorregulador, não um imunossupressor. Enquanto os outros medicamentos deprimem o sistema imunológico como um todo, deixando o organismo suscetível a infecções, a vitamina D é a única substância capaz de, seletivamente, inibir a reação chamada “th17”, que é causada pelas doenças autoimunológicas.

Alguns médicos acusam este tratamento de ser experimental. As críticas são naturais, porque este é um tratamento novo. Em nenhum momento da história da medicina houve consenso instantâneo sobre uma inovação. A grande maioria dos médicos foi ensinada a tratar as doenças autoimunitárias com imunossupressores e muitos nem sabem que a vitamina D é um hormônio. Por ser relativamente recente, esse conhecimento não está nos livros de neurologia ou de reumatologia, embora existam centenas de publicações, depoimentos e artigos científicos confiáveis sobre o tema. Além do mais, a medicina baseada em evidências considera dispensáveis os estudos controlados quando o efeito benéfico é nítido. Como poderíamos administrar placebos (substâncias reconhecidamente inativas) a pacientes portadores de doenças graves simplesmente para provar cientificamente as vantagens de um tratamento que já sabemos ser eficiente? Essa negligência poderia causar o acúmulo de sequelas permanentes em pacientes privados de um benefício óbvio.

Por que esse conhecimento não é amplamente divulgado? Quando um médico diz que este tratamento não tem fundamento científico é porque não ouve falar sobre ele nos congressos médicos. Como esses eventos são patrocinados pela indústria farmacêutica, é evidente que eles priorizarão a divulgação de medicamentos capazes de gerar lucro, o que não é o caso de uma substância que não pode ser patenteada por ser natural, própria do organismo. Diversas publicações médicas denunciam esse tipo de atitude. No fim do ano passado, por exemplo, a Multiple Sclerosis Journal, uma das revistas mais importantes sobre esclerose múltipla, propôs a médicos que respondessem a seguinte pergunta: se eu tivesse síndrome clinicamente isolada (como é chamado o primeiro surto de esclerose múltipla) e a minha ressonância mostrasse lesões típicas dessa doença, eu tomaria uma dose diária de 10 mil unidades de vitamina D? Um médico irlandês chamado Michael Hutchinson chegou ao ponto de afirmar que, se fosse um de seus pacientes, ele não trataria com vitamina D. Mas que, se fosse um de seus filhos, ele diria para começar a tomar o mais rápido possível.

Qual o caso mais surpreendente que o senhor já tratou? Existem tantos que é difícil escolher um, então nossa tendência é lembrar sempre dos últimos. Há pouco tempo, uma bailarina diagnosticada com esclerose múltipla e que não conseguia mais nem usar salto alto, porque esta doença prejudica o equilíbrio, fez passos de dança no corredor da clínica. Foi emocionante.

Como é o tratamento? Esse tratamento se baseia num tripé: altas doses de vitamina D, dieta livre de alimentos ricos em cálcio e hidratação de pelo menos 2 litros e meio de líquidos por dia. Ao longo de dois anos o paciente passa por quatro consultas. Na quarta, recebe alta provisória, mas continua com a vitamina e a dieta. Dois anos depois, ele refaz os exames laboratoriais e passa por uma consulta de revisão.

O paciente precisará tomar essas altas doses de vitamina D para o resto da vida? Ainda não sabemos ao certo por quanto tempo o paciente precisará manter essa rotina, mas é racional imaginar que, aqueles que começaram o tratamento num estágio avançado da doença, provavelmente não poderão interrompê-la.

O tratamento é caro? Como a vitamina D é muito barata e ela corresponde a 95% do tratamento, o custo mensal varia de 30 a 80 reais, dependendo da dose diária administrada. Isso contrasta com os 10 mil a 15 mil reais por mês que são gastos com cada paciente nos tratamentos convencionais. Além disso, enquanto a vitamina D elimina 100% da atividade da doença em quase todos os casos, as outras drogas bloqueiam no máximo 30%, segundo a própria indústria farmacêutica.

Como as doenças autoimunitárias são adquiridas? Pela minha experiência, acredito que são necessários basicamente três fatores: resistência genética aos efeitos benéficos da vitamina D, histórico de baixa exposição solar e stress emocional. A literatura médica identifica que 85% dos surtos de esclerose múltipla são precedidos por stress emocional, que pode ser causado por situações que vão desde a separação dos pais até a morte súbita de um ente querido, passando por rupturas afetivas e a pressão provocada pelo vestibular.

Qual a incidência dessas doenças no Brasil? Não temos o número exato, mas sabemos que a incidência tem aumentado muito nos últimos anos justamente porque as pessoas estão se expondo menos ao sol. Foram constatações como essa que suscitaram a curiosidade de pesquisadores com relação à vitamina D. Eles observaram que a frequência dessas doenças no nível da linha do Equador era muito menor do que em países distantes dos trópicos. Como a principal diferença ambiental em função da latitude é a disponibilidade de radiação solar e, consequentemente, a produção de vitamina D, começaram a estudar a importância desse hormônio para a saúde humana. Pelo modo de vida que temos hoje, não conseguimos nos expor ao sol por tempo suficiente.

Quanto tempo é suficiente? Cerca de 20 minutos de exposição solar, com braços e pernas à mostra sem filtro solar, podem produzir 10 mil unidades de vitamina D. Depois de atingir o dobro dessa quantidade, a produção cessa. Curiosamente, essa realidade contrasta com a recomendação de órgãos internacionais, que atualmente instruem os médicos a indicarem suplementos de apenas 600 unidades diárias. Por que o corpo humano produziria 10 mil unidades se necessitasse de menos? Essas 600 unidades são incapazes de tirar um indivíduo adulto de um estágio de deficiência de vitamina D.

Por que a recomendação é tão baixa? Aí entramos na seara das especulações, mas o fato é que a vitamina D é um produto natural e, por isso, não pode ser patenteado e não interessa à indústria farmacêutica.

Ao mesmo tempo que a vitamina D é importante, existe uma neurose com relação à exposição solar. Afinal, o que é saudável? Nossa única fonte fisiológica de vitamina D é o sol e, ironicamente, o momento em que esse hormônio é produzido pelo organismo coincide justamente com as horas em que a radiação solar é mais forte e que, se for excessiva, pode provocar câncer de pele. Mas 20 minutos sem protetor solar (porque ele praticamente bloqueia a produção desse hormônio) só trarão benefícios ao organismo. Não existe uma única célula humana que não seja beneficiada pela vitamina D. Além das doenças autoimunitárias, a carência desse hormônio pode causar hipertensão, diabetes, câncer e abortos no início da gestação, além de estar correlacionada com doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson. Se fosse dada uma complementação de apenas 5 mil unidades por via oral para toda a população urbana adulta, seria possível diminuir, da noite para o dia, de 40% a 50% o número de novos casos de câncer. Com esses dados é possível ter uma ideia do desastre para a saúde pública que é ter 80% da população urbana com deficiência dessa vitamina.

Qual é uma dose segura de vitamina D para uma pessoa saudável? O uso de altas doses de vitamina D pode causar sérios riscos à saúde se você não está sendo acompanhado laboratorialmente e clinicamente por um médico habilitado. Para uma pessoa saudável, posso dizer sem sombra de dúvidas que 10 mil unidades diárias não causarão nenhum risco, muito pelo contrário. Para aqueles que sofrem de alguma doença autoimunitária, essa dose proporcionará um alívio parcial, mas não eliminará o problema. Doses maiores podem ser utilizadas, desde que com acompanhamento médico.

Plataforma online permite que doentes façam exercícios cognitivos em casa 28/05/2014

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No Dia Mundial da Esclerose Múltipla o PÚBLICO foi conhecer o Cogweb, um sistema online que facilita a ligação entre médicos e doentes.

Imagem de alguns dos exercícios possíveis 

São cerca de 30 minutos de exercício que Patrícia cumpre escrupulosamente todos os dias. O princípio é semelhante a uma ida ao ginásio, pelo que seguir as regras à risca é fundamental para alcançar resultados. A diferença é que, neste caso, esta enfermeira de 36 anos não precisa de sair de casa nem de movimentar mais do que os dedos. É a partir do seu computador que exercita o “músculo” afetado pela esclerose múltipla: o cérebro. Desde há um ano, altura em que sofreu um surto mais forte desta doença degenerativa, que Patrícia começou a utilizar o sistema Cogweb, um serviço online que permite que os doentes façam vários exercícios de estimulação cognitiva e sejam avaliados à distância pelos profissionais de saúde.

O neurologista Vítor Cruz, do Centro Hospitalar entre o Douro e Vouga, que lidera o projeto, explica ao PÚBLICO que a ideia nasceu da necessidade de trabalhar a parte cognitiva com pessoas com doenças tão diferentes como a esclerose múltipla, Alzheimer, Parkinson, esquizofrenia, depressão, acidentes vasculares cerebrais e traumatismos crânio-encefálicos — muitas delas em idade ativa.

“O modelo de acesso a consultas presenciais era insustentável e não havia regularidade suficiente para a reabilitação cognitiva, pelo que acabava por ser muito ineficaz”, refere o médico, que na sexta-feira apresentou a várias associações de doentes o Cogweb, que deu os primeiros passos há dois anos e que está agora a ser adaptado para castelhano e inglês para ser disponibilizado no estrangeiro.

Para contornar as dificuldades de fazer este trabalho presencialmente, seja para evitar deslocações dos doentes ou por ser impossível ter profissionais de saúde em número suficiente, Vítor Cruz optou então por desenvolver, em parceria com outros colegas, um modelo em que os doentes pudessem fazer através da Internet os exercícios prescritos pelos profissionais de saúde e que são “adaptados a cada doença e ao estado do doente”.

Se numas situações o objetivo é a recuperação de capacidades perdidas, noutras o importante é “travar a progressão da doença”. Em todos os casos, quando o utilizador piora os resultados nos testes, é lançado um alerta para que o médico ou neuropsicólogo responsável pelo doente o convoque para uma avaliação presencial.

“Se um doente fizer exercícios seis horas por semana, isso representa 15 vezes mais do que o que conseguíamos fazer presencialmente e equivale quase a 50 mil horas de trabalho de um psicólogo que seriam necessárias”, ilustra o neurologista.

Conjugar o tratamento com o trabalho
No caso de Patrícia, a esclerose múltipla diagnosticada em 2001 trouxe novas sequelas há um ano, quando um surto juntou às vertigens alguns problemas de memória e de marcha. De baixa, divide-se entre a fisioterapia e os exercícios cognitivos para a memória e atenção.

“Agora não estou a trabalhar, mas o método é excelente quando se é ativo, pois em qualquer sítio com Internet posso fazer uns 30 minutinhos por dia do plano que me é proposto e noto melhorias”, adianta. Nesta quarta-feira assinala-se o Dia Mundial da Esclerose Múltipla, que neste ano é precisamente dedicado ao acesso à inovação e à informação. Ao todo, em Portugal, a doença inflamatória do sistema nervoso central afeta cerca de 5000 pessoas, a grande maioria em idade activa, entre os 20 e os 40 anos.

Memorizar uma lista de palavras e reproduzi-la em seguida, ver cubos a acender na tela e decorar a sequência para depois fazer igual, fazer um puzzlecom imagens que aparecem na tela ou selecionar uma imagem que esteja de acordo com uma frase apresentada são alguns dos exercícios disponíveis. A grande diferença para outras ofertas deste género que já existem, sublinha Vítor Cruz, é que neste caso a “receita” é dada pelo médico ou psicólogo responsável por cada doente. Além disso, o sistema está preparado para gerar gráficos a partir dos resultados e para criar alertas sempre que o desempenho não esteja de acordo com o que é suposto. Um artigo que acaba de ser publicado no Journal of Medical Internet Research com resultados do projeto dá também resultados animadores: 83% das pessoas cumprem na totalidade os planos previstos e a idade não é uma barreira na hora de utilizar a plataforma.

Neste momento o Cogweb já conta com mais de 1000 doentes em todo o país. Cerca de 30% dos utilizadores do sistema são pessoas que tiveram acidentes vasculares cerebrais e traumatismos cranianos, 30% são pessoas com várias demências e 20% com esclerose múltipla. Uma das prioridades foi dar formação a outros profissionais de saúde, pelo que o sistema já está disponível em vários hospitais e clínicas, num total de 40 unidades. Se o doente aceder ao sistema através dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde não paga nada, ficando a cargo da instituição um pagamento mensal de seis euros por cada doente que utiliza os exercícios. Para acessos particulares, o Cogweb encaminha os interessados para uma avaliação neuropsicológica e o doente paga 40 euros por mês ou 190 euros por seis meses.

Vítor Cruz está agora a trabalhar também num novo sistema, o Brain on Track, que se destina a avaliar os riscos cognitivos em populações mais alargadas, de forma a ser feito um diagnóstico precoce, e que está, neste momento, a ser alvo de uma experiência piloto no Porto.

Fonte: Público

Especialista dá dicas de como lidar com a Esclerose Múltipla no verão 31/01/2014

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Altas temperaturas podem provocar piora de sintomas pré-existentes ou novos surtos; neurologista faz recomendações e explica por que isso acontece

Apesar de benéfico para todas as pessoas, o calor pode ser um incômodo para aqueles que possuem alguns tipos de doença. É o caso de pessoas com Esclerose Múltipla, um distúrbio neurológico autoimune e de causas desconhecidas que afeta no Brasil cerca de 30 mil pessoas. Apesar de rara, é a doença mais comum do sistema nervoso central e se caracteriza, principalmente, pela inflamação de uma região chamada bainha de mielina, que envolve o axônio – parte do neurônio responsável pela transmissão de estímulos elétricos.

Processos simples como andar dependem do bom funcionamento desse sistema. Nas pessoas que possuem Esclerose Múltipla há uma lentidão ou interrupção desses impulsos, devido à inflamação na bainha da mielina. O calor entra nessa conta na medida em que retarda ainda mais essa condução. O neurologista do Hospital Albert Einstein e coordenador do Centro de Atendimento e Tratamento da Esclerose Múltipla da Santa Casa de São Paulo (CATEM), Charles Peter Tilbery, explica, no entanto, que essa não é uma regra geral. “Não são todos os pacientes que apresentam este sintoma”, assegura.

A relação entre a Esclerose Múltipla e o calor vem sendo estudada já há algum tempo. Um estudo divulgado por pesquisadores norte-americanos apontou que a doença pode ser mais ativa na primavera/verão. Pessoas com o distúrbio relatam que há sim um desconforto maior nessa época. É o caso de Cleuza Carvalho de Miguel, presidente do MOPEM (Movimento dos Pacientes de Esclerose Múltipla). “A situação, em regra geral, é sempre uma só. O desconforto que traz o calor”, diz. Ela relata que fadiga, desânimo e sonolência são os principais sintomas apresentados por quem possui a doença.

O mais comum é que ocorra uma piora dos sintomas pré-existentes, mas podem ocorrer surtos devido ao calor. Segundo o neurologista, a principal recomendação médica, nesse caso, é com relação aos locais frequentados e horários escolhidos para sair. “É importante sempre estar em ambientes refrigerados e alterar o horário de trabalho e outros afazeres para períodos menos quentes, como o início da manhã e fim da tarde”, sugere.

Não somente o calor, mas também alguns medicamentos utilizados no tratamento da doença podem elevar a temperatura do corpo e, consequentemente, causar o desconforto mencionado por Cleuza. É o caso de alguns injetáveis. De acordo com Tilbery, medicamentos injetáveis precisam de cuidados especiais. “As medicações devem estar devidamente armazenadas em locais arejados e na temperatura ambiente. Em caso de intenso calor, deve-se acondicionar o medicamento na geladeira, nunca no congelador”, recomenda.

Já a presidente do MOPEM lembra que, apesar de alguns cuidados necessários, não existe uma receita para o paciente de Esclerose Múltipla evitar uma piora dos sintomas, no calor. “Existe sim a experiência de cada um que pode servir para ajudar o outro”, finaliza.

Esclerose Múltipla

A Esclerose Múltipla afeta cerca de 30 mil pessoas no Brasil e 2,5 milhões de pessoas no mundo. A principal incidência é em adultos jovens.

Como é o tratamento da doença no Brasil: Atualmente, há no país duas formas principais de tratamento da doença: a mais comum é a administração de injeções, que variam de frequência, dependendo do caso. Esse é o método disponível pelo SUS. No entanto, há outro medicamento denominado Fingolimode, que é administrado por via oral, possui aprovação da ANVISA, mas só pode ser adquirido, caso o paciente se disponha a pagar pelo medicamento, ou por via judicial. Um estudo, publicado no New England Journal of Medicine, demonstrou eficácia 52% superior na diminuição dos surtos provocados pela doença, em comparação com o medicamento injetáveis. Uma das principais reivindicações dos pacientes de Esclerose Múltipla é pela incorporação do Fingolimode pelo SUS.

Sobre o MOPEM: O Movimento dos Pacientes com Esclerose Múltipla (MOPEM) possui dezoito anos de existência e 400 membros cadastrados. Uma das principais atribuições da entidade é verificar a correta distribuição de medicamentos aos pacientes pelas secretarias de saúde.

Fonte: Segs

Quinze fatos que você provavelmente nunca soube sobre vitamina D e exposição solar 21/11/2013

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(Compilado por Mike Adams, com base em uma entrevista com o Dr. Michael Holick,drholick autor do livro “Vitamina D – Como um tratamento tão simples pode reverter doenças tão importantes”)

A vitamina D evita a depressão, osteoporose, câncer da próstata, câncer da mama e, até mesmo efeitos do diabetes e obesidade. A vitamina D é talvez o nutriente mais subestimado no mundo da nutrição. Isso é provavelmente porque é “gratuita”: seu corpo a produz quando a luz solar atinge a sua pele. As empresas farmacêuticas não podem lhe vender a luz solar, por isso não há promoção dos seus benefícios à saúde. A maioria das pessoas não sabe destes fatos verdadeiros sobre a vitamina D:

  1. A vitamina D é produzida pela pele em resposta à exposição e radiação ultravioleta da luz solar natural.
  2. Os saudáveis raios de luz solar natural que geram a vitamina D em sua pele não atravessam o vidro e, por isto, seu organismo não produz vitamina D quando você esta no carro, escritório ou em sua casa.
  3. É quase impossível conseguir quantidades adequadas de vitamina D a partir da dieta. A exposição à luz solar é a única maneira confiável para seu corpo dispor de vitamina D.
  4. Seria necessária a ingestão diária de dez copos grandes de leite enriquecido com vitamina D para obter os níveis mínimos necessários de vitamina D.
  5. Quanto maior a distância da linha do equador e o lugar onde você vive, maior será a exposição ao sol necessária para gerar vitamina D, pois depende do ângulo de incidência dos raios solares. Canadá, Reino Unido, a maior parte dos EUA estão longe do equador e maior parte do Brasil está perto do equador.
  6. Pessoas com a pigmentação escura da pele podem precisar de 20-30 vezes mais exposição à luz solar do que pessoas de pele clara para gerar a mesma quantidade de vitamina D. Por isto, também, o câncer de próstata é muito frequente entre homens negros – é a simples deficiência generalizada de luz solar.
  7. Níveis suficientes de vitamina D são essenciais para a absorção de cálcio nos intestinos. Sem vitamina D suficiente, seu corpo não pode absorver o cálcio, tornando os suplementos de cálcio inúteis.
  8. A deficiência crônica de vitamina D não pode ser revertida rapidamente. São necessários meses de suplementação de vitamina D e de exposição à luz solar para “reconstruir” os ossos e o sistema nervoso.
  9. Mesmo filtros solares fracos (FPS = 8) bloqueiam em 95% a capacidade do seu corpo de gerar vitamina D. É por isto que o uso constante de protetores solares provocam deficiência crítica de vitamina D.
  10.  A exposição à luz solar não gera a produção excessiva de vitamina D em seu corpo, porque ele se autorregula e produz apenas a quantidade que necessita.
  11. Se a pressão firme do seu osso esterno dói, você pode estar sofrendo de deficiência crônica de vitamina D.
  12. A vitamina D é “ativada” pelos rins e fígado, antes de ser usada pelo organismo e, por isto, doenças renais ou hepáticas podem prejudicar muito a ativação da vitamina D circulante.
  13.  A indústria de protetores solares não quer que você saiba da necessidade de exposição ao sol, porque esta revelação significaria a queda nas vendas de seus produtos.
  14.  A vitamina D é um poderoso “remédio” que o seu próprio corpo produz inteiramente de graça e sem necessidade de prescrição médica!
  15. Algumas substâncias denominadas “antioxidantes” aceleram muito a capacidade do organismo para lidar com luz solar, sem que ela nos provoque danos, também permitem que você fique exposto ao sol duas vezes mais tempo sem danos. Um exemplo de tais antioxidantes é a astaxantina, poderoso “filtro solar interno”. Outras fontes de antioxidantes similares são algumas frutas (açaí, romã, mirtilo, etc.), algumas algas e alguns crustáceos do mar (camarão, “krill”, etc.)

Doenças e condições causadas pela deficiência de vitamina D:

  • A osteoporose é geralmente causada por falta de vitamina D que provoca deficiência na absorção de cálcio.
  • A deficiência de vitamina D na infância causa o raquitismo, falta de calcificação dos ossos.
  • A deficiência de vitamina D pode agravar o diabetes tipo 2 e prejudicar a produção de insulina pelo pâncreas.
  • Bebês que recebem a suplementação de vitamina D (2.000 unidades por dia) têm um risco 80% menor de desenvolver diabetes tipo 1 durante os próximos vinte anos.
  • A obesidade prejudica a utilização da vitamina D no organismo e obesos precisam de duas vezes mais vitamina D.
  • A depressão, a esquizofrenia e os cânceres de próstata, de mama ovário e de cólon são frequentes em pessoas com deficiência de vitamina D. Portanto, níveis normais de vitamina D previnem estas doenças.
  • O risco de desenvolver doenças graves como diabetes e câncer é reduzido de 50% a 80% através da exposição simples, à luz solar natural 2 a 3 vezes por semana.
  • A depressão sazonal de inverno, muito comum nos países de clima temperado, é causada por um desequilíbrio da melatonina, devido à menor exposição ao sol.
  •  A vitamina D é utilizada no tratamento da psoríase, doença inflamatória crônica da pele.
  • Deficiência crônica de vitamina D é muitas vezes diagnosticada erradamente como fibromialgia, porque seus sintomas são muito semelhantes: fraqueza muscular e dores.

Estatísticas chocantes da deficiência de vitamina D:

40% da população dos EUA, 32% dos médicos e estudantes de medicina, 42% das mulheres afro-americanas em idade fértil, 48% das meninas de 9 a 11 anos, até 60% dos pacientes de hospitais, até 80% dos pacientes do lar de idosos, 76% das mulheres grávidas e 81% das crianças delas nascidas, as quais terão, mais tarde na vida, maior predisposição ao diabete tipo 1, à artrite, à esclerose múltipla e à esquizofrenia.

O que você pode fazer:

A exposição sensata à luz solar natural é a estratégia mais simples, mais fácil e ainda uma das mais importantes para melhorar a saúde. Se mais pessoas lessem estas informações, poderíamos reduzir drasticamente as taxas de várias doenças crônicas. Incito-os que leiam o livro, “Vitamina D – Como um tratamento tão simples pode reverter doenças tão importantes“, pelo Dr. Michael Holick para obter a história completa sobre a luz solar natural. Você pode encontrar este livro na maioria das livrarias locais ou através da BN.com, Amazon.com, etc. Nota: Este não é um endosso pago ou um link de afiliado. Eu recomendo por causa de sua grande importância na prevenção de doenças crônicas e melhoria da saúde sem medicamentos ou cirurgiaEste pode ser o livro mais importante sobre a saúde que você já leu. Se mais pessoas compreendessem estas informações poder-se-ia reduzir drasticamente as taxas de doenças crônicas no país e no mundo. A exposição à luz solar é realmente uma das terapias de cura mais poderosas do mundo, superando de longe os melhores esforços de hoje, a chamada “medicina avançada”. Não há nenhuma droga, nenhum procedimento cirúrgico e nenhum procedimento de alta tecnologia que chegou sequer perto do surpreendente poder de cura da luz natural.

E você pode obtê-la gratuitamente. É por isso que ninguém está a promovê-la, é claro.

Fonte original com texto completo:http://www.naturalnews.com/specialreports/sunlight.pdf (autor da tradução desconhecido).

Fonte: Vitamina D – Brasil

Sono aumenta número de células no cérebro, diz estudo 05/09/2013

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Foto: BBC

Dormir libera mielina, substância que protege o circuito do cérebro, dizem cientistas

Cientistas americanos acreditam ter descoberto mais um motivo para incentivar as pessoas a tentar ter uma boa noite de sono: dormir ajudaria a repor um tipo de célula do cérebro.

Segundo eles, dormir eleva a produção de células que produzem uma substância estimuladora conhecida como mielina, responsável proteger o circuito neural.

A pesquisa, realizada até agora somente com ratos de laboratório, poderia ajudar a entender a ação do sono na reparação e no crescimento do cérebro, além do combate à esclerose múltipla, disse a equipe de cientistas do Estado americano de Wisconsin.

As descobertas foram publicadas na revista científicaJournal of Neuroscience.

A equipe liderada pela cientista americana Chiara Cirelli, da Universidade de Wisconsin, descobriu que a taxa de crescimento das células produtoras de mielina dobrou enquanto os ratos dormiam.

O aumento se deu com maior intensidade durante o período associado ao sonho – chamado de REM ou “movimento rápido dos olhos” – e foi produzido por genes.

Em contrapartida, genes envolvidos na morte das células e em respostas de estresse passaram a ser observados quando as cobaias foram forçadas a permanecer acordadas.

O motivo pelo qual os seres humanos precisam dormir intriga os cientistas há séculos. Já se sabe que uma boa noite de sono ajuda o corpo a repor as energias e garante seu bom funcionamento – mas o processo biológico que acontece durante esse período só começou a ser estudado recentemente.

Crescimento e reparação

“Por muito tempo, os cientistas concentraram seus esforços em comparar a atividade cerebral quando estamos dormindo e quando estamos acordados”, explica Cirelli. “Agora, está claro que a maneira como operam outras células de apoio no sistema nervoso também muda significativamente se estivermos dormindo ou acordados.”

Os cientistas dizem que suas descobertas indicam que a perda de sono pode agravar alguns sintomas da esclerose múltipla, doença que prejudica a produção de mielina.

Nela, o sistema imunológico ataca e destrói o revestimento de mielina dos neurônios e da medula e do cordão espinhal.

Segundo Cirelli, estudos posteriores poderão observar se o sono afeta ou não os sintomas da esclerose múltipla.

Ela acrescenta que sua equipe também vai examinar se a falta de sono, especialmente durante a adolescência, pode gerar efeitos nocivos de longo prazo para o cérebro.

De acordo com o Instituto Americano de Transtornos Neurológicos e de Acidente Vascular Cerebral, dormir ajuda o sistema nervoso a funcionar corretamente.

Um sono profundo coincide com a liberação do hormônio do crescimento em crianças e em jovens adultos. Muitas das células do corpo também registram elevação da produção e redução da quebra de proteínas durante esse período.

Dado que as proteínas ajudam o crescimento das células e a reparação dos danos causados por estresse e raios ultravioletas, uma boa noite de sono realmente pode significar o “sono da beleza”, acrescenta a instituição.

Fonte: BBC Brasil

Acupuntura escalpeana para o tratamento da esclerose múltipla 26/08/2013

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A acupuntura escalpeana (do couro cabeludo) é uma forma especializada de acupuntura, que tem ajudado muitas pessoas com disfunções do sistema nervoso, incluindo lesões da medula espinal e esclerose múltipla. Áreas específicas do corpo, tais como a orelha, os pés, as mãos e couro cabeludo, representam microssistemas de acupuntura que complementam a acupuntura corporal tradicional. O tratamento
mediante um microssistema localizado pode estimular o fluxo de energia que melhora a saúde (também chamado de qi), praticamente em qualquer parte do corpo.

Embora o microssistema de acupuntura escalpeana possa tratar a maioria dos mesmos transtornos que a acupuntura corporal, ele é especialmente eficaz no tratamento de doenças do sistema nervoso e da dor. Por exemplo, estudos têm mostrado que a acupuntura escalpeana tem ajudado a milhares de doentes chineses com acidente vascular cerebral (AVC), aparentemente por meio da alteração dos níveis sanguíneos de hormônios que influenciam a agregação plaquetária que induzem o AVC. Além disso, muitas pessoas com esclerose múltipla (EM), lesões na medula espinhal, esclerose lateral amiotrófica e traumatismos cranianos também tem se beneficiado com a acupuntura do couro cabeludo. Acredita-se que a terapia é mais eficaz quando é iniciada logo após a lesão traumática ou a crise neurológica.

Guia de acupuntura escalpeana para a esclerose múltipla
A acupuntura escalpeana reduz quase sempre a intensidade dos sintomas da EM. Como têm sido tratadas tantas pessoas com esta doença, foi desenvolvido e divulgado um guia terapêutico da EM específica para ser utilizada por acupunturistas. Em http://www.acupuntura-mtc.com/doencas-do-sistema-nervoso/acupuntura-escalpeana.php

Fonte: Acupuntura-MTC

 

Acupuntura no couro cabeludo ajuda no controle da Esclerose Múltipla 26/08/2013

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Um novo estudo clínico com acupuntura aplicada no couro cabeludo revelou que pacientes com esclerose múltipla podem ter as complexidades da doença reduzidas. O resultado concluiu que a acupuntura alivia os sintomas da doença, aumenta a qualidade de vida do paciente, retarda a incapacidade física e reduz a frequência de recaidas.

A pesquisa concentrou-se em aplicar a acupuntura em um paciente que sofre de esclerose múltipla há 20 anos. A prática foi realizada em várias zonas do couro cabeludo, responsáveis por áreas sensoriais, motoras, auditivas, de equilíbrio e tonturas. A acupuntura foi aplicada uma vez por semana durante dez semanas, seguidas por sessões de manutenção uma vez por mês, durante seis meses.

Após as 16 sessões, logo foi possível notar nitidamente a melhora na marcha do paciente. Além disso, foi possível identificar uma redução significativa na dormência e formigamento nos membros. No geral, o paciente apresentou aumento de níveis de energia e menos tonturas. Ainda segundo a pesquisa, o paciente utilizado como estudo clínico entrou em remissão dos sinais e sintomas após os tratamentos com acupuntura.

O coordenador do programa de pós-graduação em acupuntura do Instituto Brasileiro de Medicina Tradicional Chinesa, Dr. Márcio De Luna, também presidente da Associação Brasileira de Acupuntura do Rio de Janeiro (ABA-RJ), explica que “estudos clínicos dessa natureza mostram, na prática, que a acupuntura é uma alternativa eficaz, sem efeitos colaterais tóxicos e muito saudável, principalmente quando utilizada no tratamento complementar de doenças crônico- degenerativas e sem cura conhecida”.

Fonte: Incorporativa Pautas

Guia gratuito para melhorar espasticidade na Esclerose Múltipla 16/07/2013

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Cerca de 80% das pessoas com Esclerose Múltipla(EM) tem espasticidade. Pensando nisso, uma equipe de especialistas em fisioterapia e em EM desenvolveu um guia de exercícios e recomendações para tratar esse sintoma tão comum, o ”Guia de exercícios para melhorar a espasticidade na Esclerose Múltipla“.

Para fazer o download dele: clique aqui.

guia

A EM pode causar fadiga, perda de equilíbrio e coordenação, espasticidade, distúrbios visuais, alteração cognitivas, dificuldades na fala, tremor, etc. Cada pessoa experimenta uma combinação diferente de sintomas: nem todas as pessoas tem todos os sintomas ou com a mesma intensidade.

A espasticidade é um dos sintomas mais comuns. Pessoas com EM costumam descrever a espasticidade como “sensação de peso ou aperto nas pernas ou braços, como se tivessem vários quilos presos a seus membros“, por isso torna-se difícil elevar os seus pés e pernas do chão ao caminhar. Eles também podem ter a sensação de que suas mãos estão “duros”, tendem a fechá-las e não podem abri-las.

Esse sintoma pode levar à função da bexiga anormal, fadiga, distúrbios do sono, dificuldade de movimento e  nas atividades (como ir ao banheiro, comer, vestir-se …).

No “Guia de exercícios para melhorar a espasticidade na Esclerose Múltipla”  pode-se encontrar informações completas e exercícios práticos explicados com ilustrações para ajudar a entender e a gerenciar a espasticidade.

Algumas das ilustrações que você encontrará no guia são como estas:

Captura de Tela 2013-07-11 às 08.37.01

Captura de Tela 2013-07-11 às 08.38.32

Quatro fisioterapeutas especialistas em EM da Federación Española para la Lucha contra la Esclerosis Múltiple (FELEM) produziram uma publicação que reúne recomendações de exercícios para lidar com este sintoma comum em pessoas com EM.

Recomendações sobre postura, exercícios de respiração, transferências, alongamento para a espasticidade leve e grave são algumas das questões abordadas ao longo do guia.

Obter a publicação “Guia de exercícios para melhorar a espasticidade na Esclerose Múltipla“.

Autores da publicação: ■ Bartolomeu Irene Gomez. Fisioterapeuta ea equipe de reabilitação coordenador da fundação privada Madrid contra a esclerose múltipla, FEMM. http://www.femmadrid.org ■ Otxoa Rekagorri Erika. Fisioterapeuta e serviço de fisioterapia responsável pela Associação de Biscaia, ADEMBI esclerose múltipla. http://www.emfundazioa.org ■ Enric Brunet Monserrat. Fisioterapeuta do Baleares Associação da Esclerose Múltipla ABDEM. http://www.abdem.es ■ Laura García Ruano. Fisioterapeuta Privada Fundação Madrid contra a esclerose múltipla, FEMM. http://www.femmadrid.org Supervisão e assessoria técnica: ■ Sandra Fernandez Villota. Responsável pela comunicação e coordenação de Esclerose Múltipla Espanha – FELEM. http://www.esclerosismultiple.com

Fonte: www.esclerosismultiple.com

Fonte: Reabilitação Cognitiva

Especialista indica maneiras de como evitar a fraqueza 15/07/2013

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A fisioterapeuta Marcela Batistuta, especialista em Reeducação Postural Global (RPG), explica que as principais causas da fadiga na Esclerose Múltipla são os excessos, seja físico, mental, social ou ambiental. “E ela pode se manifestar de várias formas, sendo aguda, quando aparece durante esforços e desaparece com o repouso; crônica, quando persiste mesmo após o repouso; localizada, quando se usa em excesso determinado grupo muscular, mas a sensação desaparece com o repouso, e sistêmica, quando há cansaço geral, com desânimo, perda de força e resistência física”, frisa.

Marcela destaca que a fadiga pode ainda surgir associada a problemas como depressão, pode ser induzida pela medicação ou ser causada por distúrbios do sono. “A fadiga muscular em braços ou pernas após exercícios repetitivos, como andar longas distâncias, acaba fazendo com que a perna falhe e também provoque uma sensação de fraqueza. Isto é causado por um bloqueio do impulso nervoso e o ideal é parar de andar ou realizar o ato repetitivo para que a condução nervosa reinicie. O problema pode ainda ser causado por falta de condicionamento físico, quando os músculos são pouco utilizados. Combater o sedentarismo evita a fadiga intensa durante atividades físicas”, ressalta.

A fisioterapeuta afirma que, assim como provoca uma ruptura na vida diária, a fadiga provocada pela Esclerose Múltipla também causa ansiedade quando os sintomas reaparecem após esforço e especialmente quando a atividade ou o ambiente provoca um aumento na temperatura do corpo. Por isso, Marcela Batistuta indica algumas práticas para melhorar a fadiga. “Evite banhos quentes, temperaturas muito elevadas, exercícios excessivos, refeições pesadas e fumar. Planeje sua vida de modo a estabelecer uma escala das necessidades no trabalho, para que noitadas e ocasiões sociais sejam repartidas. Siga uma dieta sensata e reduza o peso se for o caso. Fracione as atividades diárias e sempre respeite o período de repouso entre elas. Faça atividades leves conscientes, orientadas por um profissional, e procure controlar a depressão e o estresse”, completa a especialista.

Fonte: JM Online

Fadiga é um dos sintomas mais comuns da esclerose múltipla 15/07/2013

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Fisioterapia pode aliviar incômodos da esclerose, como fadiga, depressão e alterações urinárias e sexuais

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a esclerose múltipla afeta cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo. A doença inflamatória, degenerativa e sem cura, compromete áreas do cérebro, nervo óptico ou medula espinhal. E pode ter sintomas variados, como embaçamento da visão com dor ocular, visão dupla, vertigem ou tontura, falta de coordenação nos movimentos, incontinência urinária, disfunção erétil e raciocínio lento. No entanto, fadiga intensa, fraqueza ou adormecimento de membros são os que mais prejudicam as atividades diárias do portador, por serem mais frequentes.

Segundo a fisioterapeuta Marcela Batistuta, ela causa falta de motivação e de sono, sensação de incapacidade e diminuição de libido ou desejo sexual. “A fadiga é o sintoma mais comum da esclerose múltipla e é descrita como um cansaço intenso, que não tem relação com o nível de atividade nem com o grau de incapacidade física. Pode ocorrer diariamente e mesmo após uma noite de descanso. Tende a piorar com o progresso do dia e a se agravar com o calor e a umidade. Aparece facilmente e de repente. É geralmente mais severa que a fadiga normal e é mais provável que interfira nas responsabilidades diárias”, explica.

A especialista em Reeducação Postural Global (RPG) destaca que a fadiga afeta entre 70% e 90% dos portadores de Esclerose Múltipla, sendo o sintoma mais difícil de tratar e compreender, por ser invisível. “Sua ocorrência pode causar equívocos, especialmente entre família, amigos e empregadores. Os membros da família podem pensar que uma pessoa com Esclerose Múltipla não está fazendo o que pode; problemas sexuais podem surgir entre os parceiros, e os empregadores podem rotular a pessoa de preguiçosa. Porém, a fadiga pode ter um impacto devastador sobre as atividades diárias, o bem-estar geral e a situação no emprego.

O diagnóstico é realizado por um neurologista e, embora não exista cura, acompanhamento adequado pode manter portadores mais ativos. O tratamento dos surtos é realizado com corticoide intravenoso durante três a cinco dias, que promove recuperação mais rápida, mas há medicamentos para reduzir a frequência e a intensidade dos surtos e retardar a progressão da doença. Fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional podem aliviar incômodos, como fadiga, depressão, alterações urinárias e sexuais.

Fonte: JM Online