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Novo medicamento elimina esclerose múltipla 24/03/2008

Posted by Esclerose Múltipla in Espaço médico.
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CHICAGO, EUA (AFP) — Um novo medicamento eliminou a esclerose múltipla e outras doenças auto-imunes em ratos de laboratório, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira nos Anais da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (PNAS).

A droga funciona estimulando o desenvolvimento de células T, um tipo de glóbulo branco que ajudam o sistema imunológico a combater elementos patogênicos específicos.

As enfermidades auto-imunes provocam uma reação de defesa anormal do sistema imunológico de uma pessoa, que ataca suas próprias células ou tecidos.

“Sabemos que gera linhas de células T reguladoras para enfermidade auto-imunes e que a mesma linha de células T suprime três enfermidades auto-imunes diferentes em ratos”, afirmou o autor do estudo, Jack Strominger, da Universidade de Harvard.

“Também é efetivo em várias outras enfermidades auto-imunes em ratos, por isso torna possível que este tipo de molécula possa ser usada mais amplamente do que apenas para a esclerose múltipla”, acrescentou.

Strominger e sua equipe desenvolveram um derivado do medicamento Copaxone, atualmente usado para tratar a esclerose múltipla, também chamada esclerose em placa.

A substância foi testada diretamente em ratos, e os cientistas depois geraram uma linha de células desses ratos tratados. Essas células T eliminaram a doença em três modelos diferentes.

Testada em ratos, descobriram que é mais eficaz no tratamento da esclerose múltipla e “surprendentemente mais efetiva” para tratar a uveíte, uma causa comum de cegueira.

“Não sei se este derivado ou outro substituirá o Copaxone, mas certamente haverá medicamentos de segunda ou terceira geração nesta categoria”, afirmou.

“Os ratos não são pessoas e a única maneira de descobrir se o FYAK é mais efetivo do que o Copaxone é realizar um teste clínico”, acrescentou.

Uma pequena companhia perto de Harvard está atualmente testando a droga em humanos, na Fase I de um estudo clínico. Mas poderá levar anos para provar que o medicamento é seguro e efetivo.

Fonte: AFP /Google Notícias